Desde o início dos tempos, o ser humano procura entender as leis que regem a natureza e se pergunta de que são feitas as coisas. Já na Grécia Antiga, por volta de 450 a.C., Demócrito propôs que a matéria não seria divisível infinitamente e que deveria existir um constituinte fundamental de cada tipo de matéria, que chamou de átomo.
A partir desses tijolos fundamentais, seriam formados os materiais, ideia que o químico e físico inglês John Dalton (1766-1844) retomou por volta de 1800, associan- do diferentes átomos a cada elemento químico.
Mas, na última década do século 19, as descobertas do elétron e do fenômeno da radioatividade natural trouxeram de volta a pergunta: “Como será mesmo o átomo?”.
Contamos, neste folder, a história da descoberta do núcleo atômico feita pelo físico de origem neozelandesa Ernest Rutherford (1871-1937), acontecimento que está completando cem anos este ano. Esse resultado abriu as portas para o estu- do das partículas elementares, área que dominou a física no século passado e que culminará – quem sabe? – com a descoberta da última peça do quebra-cabeças, o bóson de Higgs, partícula que, tudo indica, é a responsável por dar, à matéria, a propriedade que denominamos massa.
Mas será mesmo a última peça? Ou continuaremos a ter surpresas?
Com este folder, damos prosseguimento às atividades de divulgação científica realizadas pelo CBPF. Esta série destina-se ao público não especializado, que encontrará aqui não só uma descrição fascinante da descoberta do núcleo atômico, mas também sugestões para leituras mais aprofundadas sobre o tema.
Mais uma vez, esperamos que esta iniciativa sirva para despertar vocações, mostrando a jovens estudantes como a ciência pode ser interessante.
Aperte os cintos e boa viagem ao interior da matéria!